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Nerdcast 602: RPG Call of Cthulhu 2: O horror do Necronomicon - [Resenha]

  • Smokier Sage
  • 13 de jan. de 2018
  • 3 min de leitura

O Nerdcast Especial RPG surgiu em 18 de março de 2011, totalmente despretensioso, apresentava um grupo de RPG jogando uma partida com efeitos sonoros, salvo engano, foi a primeira vez que foi feito algo do gênero, ao menos no Brasil, devido ao sucesso, e ao Clifffhanger no final do episódio, se tornou a primeira trilogia especial RPG e foi finalizada em 2012, conforme o passar dos episódios a edição e história foram se profissionalizando, a segunda e terceira história já foram maiores e mais ambiciosas.


No ano seguinte, em 2013, o cenário e o sistema de jogo mudaram com a nova trilogia, antes o cenário era D&D, agora o cenário é Ciberpunk, nessa trilogia, finalizada em 2016, os episódios estavam muito maiores e a história mais complexa, pois envolvia viagem no tempo e mundo artificial.


Em 2017 surge a nova, e terceira, trilogia, como esperado, houveram muitas mudanças, a primeira mudança foi o tema, como de costume, e o sistema utilizado, que agora, é Call of Cthulhu, outro diferencial foi a mudança do mestre, nas outras trilogias era Alexandre Ottoni (Jovem Nerd), o mestre nessa trilogia é o escritor Leonel Caldela, os ouvintes estavam todos acostumados com o Jovem Nerd mestrando, essa mudança torceu narizes, Leonel Caldela já escreveu livros de RPG, isso fica visível, pois o nível de profissionalismo (na história) escalou bastante e ter o Jovem Nerd, agora como personagem, trouxe uma nova dinâmica, seu personagem e sua forma de jogar são muito diferentes de todos os outros.


Agora, finalmente, na segunda parte do Nerdcast Especial RPG – Call of Cthulhu, o maior em tempo até o momento, com 2 horas e 58 minutos, o diferencial deste episódio, para mim, é a edição, o nível de imersão está como nunca presenciado nos programas especiais, houve algo semelhante em um áudio drama na voz de Guilherme Briggs com temática de zumbi, a inovação do som 3D contribuiu muito com a narrativa, ~SPOILER~ a cena em que o cristo profano “enfrenta” Don Azaghal arrepia do começo ao fim, em uma gravação de bastidores eles mostram um aparelho no formato de duas orelhas, ele é o aparelho para a gravação 3D (não achei o nome do aparelho) ~SPOILER~.


A história avança expandindo a mitologia Cthulhu e Nyarlathotep, além da excelente história, os personagens são condizentes do começo ao fim, por mais que alguns personagens tenham dados duvidosos, acabamos perdoando esses dados mágicos para que a narrativa flua, conforme o Tucano "já nem é roubado, chega a ser parte da mitologia", o mestre está menos vista grossa com os dados mágicos, como fala Caldela no inicio do programa “A essência do RPG é o mestre contra os jogadores”, portanto, o mestre esta carrasco.


O personagem que mais se destaca, como sempre, é o personagem Don Azaghal, personagem que surgiu nas leituras de Email, a muito tempo atrás (sério, muito tempo mesmo), desde aquela época, eu torcia para que as leituras de email, ou como chamavam, recadinhos da paróquia, tivessem o Padre Azaghal. Os personagens de Dave Pazos, em todos os episódios, são sempre muito autênticos e se diferenciam, pra caramba entre eles, com características sempre peculiares.


A narração de Caldela é muito imersiva e muito detalhista, e particularmente, adoro quando ele começa a detalhar escatologicamente cada detalhe das desgraças ocorridas, em dado momento do episódio, o Jovem nerd fala "Ai pelo amor de deu Caldela". ~SPOILER~ Nesse episódio temos grandes perdas, o que é um diferencial, pois geralmente as baixas de jogadores acontecem no ultimo episódio, com excessão aos personagens do 3D que sempre morrem no segundo episódio, o personagem do Carlos Voltor aparentemente morreu, transformou-se em um ser de Nyarlathotep, gosto muito do personagem dele, mas acho que para o bem da narrativa, ele deve permanecer morto, não acho que seja possível o retorno a humanidade, e o som de tiro, ao final do episódio, indica que a personagem do Rex o matou. A segunda baixa é a de Billy ;--;, essa foi a perda mais significativa, desculpa Voltor, isso pelo simples motivo de ser um cachorro... e também por ele ter sido explodido, essa sendo a morte mais heroica de todas as aventuras de RPG, pelo simples motivo de ser um cachorro, sobre essa cena uma imagem resume ~SPOILER~.

Por fim, brincadeira à parte, esse episódio é cativante, imersivo e uma ótima continuação do mistério de William Faraday. Todo o trabalho da equipe merece parabenização, em especial os parabéns para Alexandre Ottoni e Dave Pazos que mostraram partes do processo no Instagram. Agora nos resta aguardar ansiosamente para o fim dessa aventura, que chega no início do ano que vem (2019).

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